'''O Vigésimo Lampejo'''

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    SOBRE A SINCERIDADE

    [Apesar de ser o primeiro dos cinco pontos que formam a segunda das Sete Matérias do Décimo Sétimo Lampejo, este se tornou o Vigésimo Lampejo devido à sua importância.]

    بِسْمِ اللّٰهِ الرَّحْمٰنِ الرَّح۪يمِ Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso.

    O versículo: اِنَّٓا اَن۟زَل۟نَٓا اِلَي۟كَ ال۟كِتَابَ بِال۟حَقِّ فَاع۟بُدِ اللّٰهَ مُخ۟لِصًا لَهُ الدّٖينَ ۝ اَلَا لِلّٰهِ الدّٖينُ ال۟خَالِصُ "Em verdade, temos-te revelado o Livro. Adora, pois, a Allah, com sincera devoção. Não deve, porventura, ser dirigida a Allah a devoção sincera?"(Alcorão Sagrado, 39:2-3) E o nobre Profeta disse: هَلَكَ النَّاسُ اِلَّا ال۟عَالِمُونَ وَهَلَكَ ال۟عَالِمُونَ اِلَّا ال۟عَامِلُونَ وَهَلَكَ ال۟عَامِلُونَ اِلَّا ال۟مُخ۟لِصُونَ وَال۟مُخ۟لِصُونَ عَلٰى خَطَرٍ عَظٖيمٍ – اَو۟ كَمَا قَالَ "Todos os homens perecerão, exceto os sábios, e todos os sábios perecerão, exceto os que agem de acordo com seus conhecimentos, e todos esses perecerão, exceto os sinceros, e até mesmo os sinceros estão em grande perigo." Tanto o versículo como a tradição profética, juntos, mostram o quão importante é o princípio de sinceridade no Islam. Dentre os inúmeros pontos sobre a sinceridade, iremos fazer uma breve exposição de apenas cinco.

    Nota: Um sinal auspicioso da abençoada Isparta, que leva alguém a dar graças, é comparado a outros lugares; não há rivalidade visível e disputa entre os piedosos, os que seguem o caminho Sufi e os intelectuais da religião. Mesmo que o necessário amor verdadeiro e a união não estejam presentes, comparativamente falando, não há perniciosidade, rivalidade e conflito.

    O PRIMEIRO PONTO

    Uma questão importante e impressionante: Por que é que, enquanto os mundanos, os negligentes, e até mesmo os equivocados e os hipócritas, cooperam sem rivalidade, enquanto os religiosos, os intelectuais da religião, e aqueles que seguem o caminho Sofista opõem-se em rivalidade, apesar de serem as pessoas da verdade e da concórdia? A concórdia, na realidade, pertence ao povo de concórdia, e a disputa pertence aos hipócritas; como é que esses dois trocaram de lugar?

    A Resposta: Vamos tratar apenas de sete das inúmeras causas dessa dolorosa, vergonhosa e impressionante situação, que faz o diligente chorar.

    O PRIMEIRO

    Assim como a disputa entre o povo da verdade não surge da falta da verdade, assim também o acordo vigente entre o povo de negligência não surge de qualquer posse da verdade.

    Ao contrário, é que um direito específico e uma função particular é atribuída às classes da sociedade, como "os mundanos", aqueles engajados na política, e os que receberam uma educação secular, e, portanto, as funções dos vários grupos, sociedades, e comunidades foram definidos e tornaram-se distintos uns dos outros. Do mesmo modo, a recompensa material que vão receber pelas suas funções de manter a subsistência, bem como a recompensa moral que consiste na atenção que recebem de homens por causa da sua ambição e orgulho - isso também é estabelecido e especificado. (*[1]) Portanto, nada há em comum ao grau que pudesse produzir discórdia, conflito e rivalidade. Por mais maldoso que seja o caminho que eles trilham, serão capazes de preservar a unidade e a concórdia.

    Mas, quanto às pessoas da religião, dos estudiosos e daqueles que seguem seitas, o dever de cada um diz respeito a todos os homens; a sua recompensa material não está definida e especificada, e sua participação no apreço social e na aceitação e atenção do público não é predeterminado. Muitos podem ser candidatos para a mesma posição; muitas mãos podem ser estendidas para cada recompensa moral e material oferecida. Por isso, é que o conflito e a rivalidade surgem; a concórdia é transformada em discórdia, e o acordo em disputa.

    Agora, a cura e o remédio dessa terrível doença é a sinceridade.

    A sinceridade pode ser atingida por preferir a adoração de Allah à adoração da própria alma, fazendo o prazer de Allah vencer o prazer da alma e do ego, e manifestando assim o significado do versículo: اِن۟ اَج۟رِىَ اِلَّا عَلَى اللّٰهِ "Certamente, a minha retribuição só procede de Allah."( Alcorão Sagrado, 11:29), pela renúncia à recompensa material e moral a ser conseguido de homens(*[2]) e manifestando assim o sentido do versículo:وَمَا عَلَى الرَّسُولِ اِلَّا ال۟بَلَاغُ "Porque não incumbe ao Mensageiro mais do que a proclamação da lúcida Mensagem." (Alcorão Sagrado, 5:99.) E por saber que tais questões como aceitação atraente, fazer uma boa impressão, e ganhar a atenção dos homens depende de Allah e um favor d'Ele, e que não desempenham qualquer papel na transmissão da mensagem, que é o dever próprio, nem são necessários para ele, nem alguém é encarregado de ganhá-los. Por saber disso, a pessoa será bem-sucedida na obtenção da sinceridade, caso contrário, irá desaparecer.

    SEGUNDA CAUSA

    O acordo entre o povo de desorientação é por conta de sua humilhação, e a disputa entre as pessoas de orientação fica por conta de sua glória.

    Isso quer dizer que as pessoas de negligência - as equivocadas e afundadas nas preocupações mundanas - são fracas e humilhadas, porque não confiam na verdade e na realidade. Devido a sua humilhação, elas precisam aumentar sua força, e por causa dessa necessidade abraçam sinceramente a ajuda e a cooperação dosoutros. Mesmo que o caminho que elas seguem é desorientação, preservam o seu acordo. É como se estivessem fazendo sua impiedade em forma de adoração à verdade, sua desorientação em forma de sinceridade, a sua irreligião em forma de solidariedade, e sua hipocrisia em concórdia e, assim, alcançar o sucesso. Uma vez que a sinceridade genuína, mesmo pela causa do mal, não pode deixar de produzir resultados, e tudo o que o homem busca com sinceridade, Allah lhe concederá.(*[3])

    Mas, como para as pessoas de orientação e religião, os estudiosos religiosos e aqueles que seguem seitas, uma vez que dependem da verdade e realidade, e cada um deles, no caminho da verdade, pensa apenas agradar ao seu Senhor e confia em Seu socorro, eles adquirem a glória de sua crença. Quando sentem fraqueza, não voltam para os homens, mas para Allah e procuram a ajuda d'Ele. Por conta da diferença de perspectiva, eles não sentem necessidade real de ajuda daquele cuja visão aparentemente se opõe à própria, e não veem necessidade de um acordo e unidade. De fato, se a obstinação e o egoísmo estão presentes, a pessoa imagina a si mesmo como certo e o outro como errado; a discórdia e a rivalidade tomam o lugar da concórdia e do amor. Assim, a sinceridade é afugentada e sua função é interrompida.

    Agora, o único remédio para as consequências críticas desse estado espantoso consiste de nove comandos:

    1. Agir positivamente, isto é, ter amor à própria perspectiva, evitar odiar outras perspectivas, e não as criticar, interferindo-se em suas crenças e ciências, ou de qualquer forma que diz respeito a si mesmo com eles.

    2. Unir-se ao rebanho do Islam, qualquer que seja sua espécie; lembrar-se das numerosas ligações de unidade que evocam o amor, a fraternidade e a concórdia.

    3. Adotar a regra de conduta que apenas o seguidor de qualquer perspectiva certa tem o direito de dizer: "Minha visão é verdadeira, ou a melhor", mas não: "Minha visão é a único verdadeira", ou que "Somente minha visão é boa," implicando em falsidade ou repugnância de todas as outras perspectivas.

    4. Considerar a união com o povo da verdade é uma causa de socorro Divino e a alta glória da religião.

    5. Perceber que a resistência individual da pessoa mais poderosa contra os ataques através do seu gênio da poderosa força coletiva do povo de extravio e falsidade, que decorre de sua solidariedade, será inevitavelmente derrotada, e pela união do povo de verdade, criar uma força conjunta e coletiva também, a fim de preservar a justiça e o direito perante a força temível coletiva de desorientação.

    6. A fim de preservar a verdade dos ataques da falsidade,

    7. Abandonar o ego e seu egoísmo,

    8. Abandonar o que ele imagina equivocadamente ser de glória e honra,

    9. Fazer cessar todos os insignificantes sentimentos despertados pela rivalidade. Se a nona regra é aceita, a sinceridade será adquirida e sua função perfeitamente realizada.(*[4])

    TERCEIRA CAUSA

    A discordância entre o povo da verdade não surge da modéstia e da falta de empreendimento, nem a união entre as pessoas desorientadas surge de empreendimento.

    Certamente, a discordância entre o povo da orientação surge do mau uso do elevado empreendimento e do exagero nele. O acordo entre o povo da desorientação é a rejeição da fraqueza e da incapacidade resultantes da falta de empreendimento.O que impele as pessoas de orientação ao uso indevido de seu elevado empreendimento e, portanto, à discordância e à rivalidade é o desejo de recompensa celestial que é considerado como qualidade louvável em relação à Vida Futura, e ânsia extrema no que diz respeito aos deveres relativos à Vida Futura. Ao pensar de si mesmo: "Deixe-me ganhar este prêmio, deixe-me guiar essas pessoas, que eles me ouçam", ele ocupa uma posição de rivalidade em relação ao verdadeiro irmão que o enfrenta e quem está em necessidade real do seu amor, assistência, fraternidade e ajuda. Ao dizer para si: "Por que os meus alunos vão para ele? Por que não tenho tantos alunos como ele?" ele cai nas garras do egoísmo, inclina-se para a doença crônica da ambição, perde toda a sinceridade e abre a porta da hipocrisia.

    A cura para esse erro, para essa ferida, para essa doença impressionante do espírito, é o princípio de que "o prazer de Allah é ganho somente pela sinceridade", e não por um grande número de seguidores ou grande sucesso. Uma vez que estes últimos são função da vontade de Allah; não podem ser exigidos, ainda que às vezes são dados. Às vezes uma única palavra resultará na salvação de alguém e, portanto, o prazer de Allah. A quantidade não deve receber muita atenção, pois algumas vezes orientar um homem para a verdade pode ser tão agradável a Allah como orientar mil.

    Além disso, sinceridade e adesão à verdade exigem que se deve desejar que os muçulmanos se beneficiem de qualquer um e em qualquer lugar que puderem. O pensar: "Que eles tenham aula comigo para eu ganhar o prêmio" é um truque da alma e do ego.

    Ó aquele ávido pela recompensa na Outra Vida e não se contenta com as ações que lhe conferem a recompensa! Houve certos profetas que tiveram apenas um número limitado de seguidores, mas receberam a recompensa infinita do dever sagrado da profecia. A verdadeira façanha está, então, não em ganhar um grande número de seguidores, mas em ganhar a honra de aprazer a Allah. Quem você imagina ser, dizendo: "Que todos me ouçam," esquecendo-se da sua função, e procura interferir no que depende estritamente de Allah? Fica sabendo que a sua aceitação pelas pessoas e reunião delas a sua volta depende de Allah. Portanto, olhe para o próprio dever e preocupação, e não se meta com as determinações de Allah.

    Além disso, não são só os homens que ganham recompensa por aqueles que ouvem e falam a verdade. Os seres conscientes e espirituais de Allah e Seus anjos preenchem o universo e adornam todas as suas partes. Se você quer recompensa abundante, adote a sinceridade como fundação e pense somente em agradar a Allah. Em seguida, cada sílaba das palavras abençoadas que são emitidas pela sua boca será trazida à vida pela sua sinceridade e verdadeira intenção, e indo para os ouvidos de inúmeros seres conscientes, vai iluminá-los e proporcionar-lhe recompensa. Quando, por exemplo, você diz: "Louvado seja Allah," milhões dessas palavras, grandes e pequenas, ficam escritas na página do ar por permissão de Allah. Como o Onisciente Registrador não faz nada prodigamente ou em vão, Ele criou inúmeros ouvidos, tantos quantos forem necessários para ouvir aquelas abençoadas e múltiplas palavras.

    Se essas palavras são trazidas à vida no ar pela sinceridade e intenção verdadeira, eles vão entrar nos ouvidos dos seres espirituais, como alguma fruta saborosa na boca.

    Mas se o prazer e a sinceridade de Allah não trazem essas palavras para a vida, elas não serão ouvidas, e a recompensa será obtida apenas com a expressão feita pela boca. Prestem bastante atenção a isso, vocês recitadores do Alcorão, que estão tristes porque suas vozes não são mais bonitas e que mais pessoas não os ouvem.

    QUARTA CAUSA

    Da mesma maneira que a rivalidade e as divergências entre as pessoas de orientação não surgem da incapacidade de prever consequências ou de imprevidência, assim também um sincero acordo entre o povo de desorientação não resulta de hipermetropia ou grandeza de visão.

    Pelo contrário, as pessoas de orientação, pela influência da verdade e da realidade, não sucumbem às emoções cegas da alma, e seguem em vez disso, as inclinações visionárias do coração e do intelecto. Uma vez que, no entanto, eles falham em preservar o senso de direção e sua sinceridade, eles são incapazes de manter sua estação de alta e caem em disputa.

    Quanto às pessoas de desorientação, sob a influência da alma e do capricho, e o domínio da percepção sensorial, que é cego a todas as consequências e sempre prefere um pingo de prazer imediato a uma tonelada de prazer futuro, eles se reúnem em anseios de concórdia por causa do benefício e do prazer imediatos. Na verdade, os fiéis humildes e sem coração são obrigados a reunir-se em torno de prazeres mundanos e imediatos benefícios.

    É verdade que as pessoas de orientação estabeleceram seus rostos para as recompensas da Vida Futura e suas perfeições, de acordo com as instruções sublimes do coração e do intelecto. Mas, apesar do bom senso de direção, da completa sinceridade e autosacrifício, a união e a concórdia são possíveis, porque não conseguiram se livrar do egoísmo, e por conta de negligência e desperdício, elas perdem sua união, aquela fonte sublime de poder, e permitem a sua sinceridade ser quebrada. Seu dever em relação à Outra Vida é também prejudicado. O aprazimento de Allah não é conseguido com facilidade.

    A cura e o remédio dessa doença grave são o orgulhar-se da companhia de todos aqueles que percorrem o caminho da verdade, de acordo com o princípio do amor pelo amor de Allah اَل۟حُبُّ فِى اللّٰهِ segui-los e deixar a liderança para eles; considerar que quem está seguindo o caminho de Allah é provavelmente melhor do que si mesmo, quebrando assim o ego e recuperando a sinceridade. A salvação é também dessa doença é saber que um quilo de obras realizadas com sinceridade é preferível a uma tonelada realizada sem sinceridade, e preferindo o status de um seguidor a de um líder, com todo o perigo e a responsabilidade que envolve. Assim, a sinceridade é para ter, e os deveres de preparação para a outra vida pode ser feitos corretamente.

    QUINTA CAUSA

    Disputa e discordância entre as pessoas de orientação não são o resultado de fraqueza, e a união poderosa do povo de desorientação não é o resultado de força.

    Pelo contrário, a falta de união das pessoas de orientação vem do poder que resulta do apoio prestado pela crença perfeita, e a união do povo de negligência e de desorientação vem da fraqueza e impotência que sentem como resultado de sua falta de qualquer apoio íntimo. Os fracos formam poderosas uniões precisamente por causa de sua necessidade de união. Uma vez que os fortes não sentem uma necessidade semelhante, suas uniões são fracas. Os leões não precisam de união como as raposas e, portanto, vivem individualmente, enquanto cabras selvagens formam um rebanho para se protegerem contra os lobos.

    A comunidade e a personalidade coletiva dos fracos são fortes, e a comunidade e a personalidade coletiva do forte são fracas(*[5]). Há uma sutil alusão a isso no Alcorão, nas palavras:

    وَ قَالَ نِس۟وَةٌ فِى ال۟مَدٖينَةِ "E as mulheres na cidade, disseram"( Alcorão Sagrado, 12:30.) o verbo قَالَ "dizer" está na forma masculina, embora deva ser feminina por duas razões: [mulheres é um substantivo feminino, e também está no plural. Os chamados plurais "quebrados" em árabe são sempre considerados como femininos]. Mas por outro lado ver as palavras: قَالَتِ ال۟اَع۟رَابُ "os árabes do deserto, disseram" (Alcorão Sagrado, 49:14.) o verbo قَالَت۟ “dizer”, neste caso, está no feminino, apesar de seu tema designar uma comunidade de homens.

    Aqui reside uma indicação, que uma associação de fracas, mansas e suaves mulheres ganham poder, resistência e força, e ainda adquirem certo tipo de virilidade. A utilização da forma masculina do verbo é, portanto, mais adequada. Homens fortes, ao contrário, e em particular beduínos árabes, confiam na própria força; por isso, as suas associações são fracas, pois eles assumem uma postura de suavidade e cautela e assumem um tipo de feminilidade; daí o uso da forma feminina do verbo ser o mais adequado.

    Da mesma forma, as pessoas da verdade, submetidas a e que colocam sua confiança na fonte firme de apoio que é a crença em Allah; portanto, eles não apresentam suas necessidades aos outros ou pedido de auxílio e assistência. Se eles, por vezes, fazem o pedido, não vão aderir aos interessados a todo custo.

    Mas o mundano ignora em seus assuntos mundanos a verdadeira fonte de apoio; eles caem em fraqueza e impotência, e experimentam uma necessidade premente de assistência, reúnem-se, sacrificando-se incondicionalmente.

    As pessoas de verdade não pensam na nem buscam a verdadeira força encontrada na união; assim elas se envolvem em disputas, como péssima e prejudicial consequência desse fracasso.

    Por outro lado, o povo de desorientação e falsidade percebe a força encontrada na união, em virtude da própria fraqueza e, assim, adquirem a união, os meios mais importantes para alcançarem todas as metas.

    A cura e o remédio para essa doença de discórdia entre o povo de verdade é fazer uma de regra de conduta da proibição divina "Não وَلَا تَنَازَعُوا فَتَف۟شَلُوا وَتَذ۟هَبَ رٖيحُكُم۟ versículo: neste contida disputeis entre vós, porque fracassaríeis e perderíeis o vosso valor" ( Alcorão Sagrado, 8:46.) E o sábio comando Divino para a vida social contida neste versículo: وَتَعَاوَنُوا عَلَى ال۟بِرِّ وَالتَّق۟وٰى "Auxiliai-vos na virtude e na piedade".( Alcorão Sagrado, 5:3.) É preciso ainda perceber o quão prejudicial é a disputa do Islã, e como ela ajuda o povo de desorientação triunfar sobre as pessoas de verdade; então, de todo coração e abnegadamente, juntarem-se à caravana do povo de verdade, com um sentido de sua absoluta fraqueza e impotência. Finalmente, a pessoa deve esquecer a própria pessoa, abandonar a hipocrisia e a pretensão, e lançar mão de sinceridade.

    SEXTA CAUSA

    A discórdia entre o povo de verdade não surge por falta de virilidade, aspiração e zelo; similarmente, a união sincera entre os equivocados, negligentes e mundanos no que diz respeito aos seus assuntos mundanos não resultam de virilidade, aspiração e zelo.

    É melhor que as pessoas de verdade estejam geralmente preocupadas com os benefícios auferidos na Outra Vida e, assim, direcionar zelo, aspiração e virilidade para as questões importantes e numerosas. Uma vez que eles não dedicam tempo - o verdadeiro capital do homem - para uma única preocupação, a sua união com os seus companheiros nunca pode se tornar firme. Suas preocupações são numerosas e de uma ampla gama.

    Quanto ao negligente e mundano, eles só pensam na vida deste mundo, e abraçam firmemente as preocupações da vida deste mundo, com todos os seus sentidos, seu espírito e coração, e agarram-se com firmeza a quem os auxilia em tais preocupações. Como um louco comerciante de diamantes que dá um preço exorbitante por um pedaço de vidro sem nenhum valor, eles dedicam tempo, que é do mais alto valor, a questões que, na realidade e na visão do povo de verdade, nada valem. Pagando um preço tão alto e oferecendo-se com a devoção de todos os sentidos naturalmente resultará em total sinceridade que produz sucesso no assunto em questão, de modo que as pessoas de verdade são derrotadas. Como resultado dessa derrota, o povo de verdade declina em estado de degradação, humilhação, hipocrisia e ostentação, e a sinceridade se perde. Assim, as pessoas de verdade são obrigadas a bajular e encolher-se diante de um punhado de homens vis e baixos do mundo.

    Ó povo de verdade! Ó gente da Chari’a, ó pessoas de realidade e daseita, todos adorando a Allah! Confrontados com essa doença impressionante de discórdia, ignorem as faltas uns dos outros, fechem os olhos aos defeitos uns dos outros!

    Comportem-se de acordo com a regra de cortesia estabelecida pelo critério do Alcorão no versículo: futilidades, as com deparam "Quando وَاِذَا مَرُّوا بِاللَّغ۟وِ مَرُّوا كِرَامًا delas se afastam com honra,"( Alcorão Sagrado, 25:72) Considere como seu principal dever - um em que o seu estado na Outra Vida depende - abandonar divergências internas quando for atacado por um inimigo de fora e, assim, libertar o povo da verdade da sua degradação e humilhação! Pratique a fraternidade, o amor e a cooperação insistentemente estabelecidos por centenas de versículos do Alcorão e por tradições do Profeta! Estabelece, com todos os seus poderes, uma união com seus companheiros e irmãos na religião que é mais forte do que a união do mundo! Não se envolve em disputa!

    Não diga a si mesmo: "Em vez de gastar meu tempo precioso em assuntos tão mesquinhos, deixe-me gastar em coisas mais valiosas, como a invocação de Allah e a reflexão"; então, retire-se e enfraquece a unidade. Precisamente o que você imagina ser uma questão de pouca importância, nesse empenho moral, pode ser de fato muito grande. Da mesma maneira que, em certas condições especiais e anormais, a observação mantida por uma hora por um soldado pode ser igual à adoração de um ano inteiro, nesta época, quando as pessoas de verdade têm sido derrotadas, o dia precioso que você gasta em alguma aparentemente questão menor, relativa à luta moral pode valer mil dias, assim como a hora do soldado.

    Tudo o que é realizado pela causa de Allah não pode ser dividido em pequeno e grande, valioso e sem valor. Um átomo gasto com sinceridade e por causa do aprazimento de Allah torna-se uma estrela. O que é importante não é a natureza dos meios utilizados, mas o resultado dos rendimentos. Enquanto o resultado é o aprazimento de Allah e a substância empregada é a sinceridade, todos os meios a que se recorre serão grandes, não pequenos.

    SÉTIMA CAUSA

    A disputa e a rivalidade entre as pessoas de verdade não surgem de inveja e ganância pelo mundo e, inversamente, a união entre o mundo e os negligentes não surge da generosidade e magnanimidade.

    É preferível que as pessoas de verdade sejam incapazes de preservar totalmente a magnanimidade e aspiração elevada que procedem da verdade, ou a forma louvável da concorrência que existe no caminho de Allah. Infiltrados pela indignidade, eles parcialmente mal usam aquela forma louvável da concorrência e envolvem-se em rivalidade e disputa, causando graves prejuízos, tanto para eles como para a comunidade islâmica.

    Quanto ao povo de negligência e maus conselhos, a fim de não perder os benefícios com os quais estão apaixonados e não ofender os líderes e companheiros que adoram por causa do benefício, em sua absoluta humilhação, degradação e falta de virilidade, praticam a união a todo custo com os seus companheiros, apesar de serem abomináveis, traiçoeiros e prejudiciais, e concordam plenamente com os seus parceiros, sob qualquer forma ditada pelos interesses comuns. Como resultado desta sinceridade, eles realmente atingem os benefícios desejados.

    Assim, ó pessoas de verdade, dadas à disputa e afligidas com o desastre! É por sua perda da sinceridade e da sua incapacidade de aprazer a Allah, o seu único objetivo nesta época do desastre que vocês causaram às pessoas de verdade de passarem por essa humilhação e derrota.

    Em matéria de religião e da Outra Vida não deve haver rivalidade, inveja ou ciúme, na verdade não pode haver nenhum deles. A razão para a inveja e o ciúme é que, quando várias mãos alcançam um único objeto, quando vários olhos estão fixos em uma única posição, quando vários estômagos têm fome de um pedaço de pão, a inveja surge, primeiro como resultado da disputa, do conflito e da rivalidade e, em seguida, o ciúme. Uma vez que muitas pessoas desejam a mesma coisa no mundo, e porque o mundo, estreito e transitório como é, não pode satisfazer os desejos ilimitados do homem, as pessoas tornam-se rivais uns dos outros.

    No entanto, na Outra Vida um Paraíso de quinhentos anos(*[6]) será dado a um único indivíduo; setenta mil palácios, e huris serão concedidos a ele; e cada uma das pessoas do Paraíso estará perfeitamente satisfeita com o seu quinhão. Assim, é claro que não há motivo para a rivalidade na Outra Vida; nem pode haver rivalidade. Nesse caso, nem deve haver qualquer rivalidade com relação às boas ações que implicam em recompensa na Outra Vida; não há espaço para ciúme aqui.

    O ciumento aqui ou é um hipócrita, buscando resultado mundano pela realização de boas ações, ou um devoto sincero, mas ignorante, sem conhecer o verdadeiro propósito das boas ações e não compreender que a sinceridade é o espírito e o fundamento de todas as boas ações. Cultivando uma espécie de rivalidade e hostilidade em relação aos santos de Allah, ele está de fato colocando em dúvida a amplitude da compaixão de Allah.Um exemplo que apoia esta verdade:

    um dos meus antigos companheiros alimentava hostilidade por alguém. As boas ações e a santidade de seu inimigo descreveram-se favoravelmente em sua presença. Ele não ficou com ciúmes ou chateado.

    Então, alguém disse: "Esse seu inimigo é corajoso e forte." Vimos uma forte veia de ciúme e rivalidade, de repente aparecendo no homem.

    Dissemos-lhe: "A santidade e a justiça concedem uma força e exaltação como uma joia da vida eterna, mas você não ficou com ciúmes deles. A força mundana pode ser encontrada em bois, e coragem em feras. Em comparação com santidade e justiça são como um pedaço de vidro em comparação com um diamante."

    O homem respondeu: "Temos os nossos dois olhos fixos neste mundo em um único objeto. Os passos que levam a ele são fornecidos por coisas como coragem e força. É por essa razão que eu tenho ciúmes dele. Os objetos e as estações da Outra Vida são sem número. Embora ele seja meu inimigo aqui, lá ele pode ser meu amado e íntimo irmão."

    Ó povo da verdade e da seita! O serviço da verdade é como transporte e preservação de um grande e pesado tesouro. Aqueles que carregam essa confiança em seus ombros serão felizes e gratos sempre que as mãos poderosas correrem em seu auxílio. Longe de serem ciumentos, devem-se orgulhosamente aplaudir a força superior, a eficácia e a capacidade de quem com amor justo se apresenta para oferecer sua ajuda. Por que, então, olhamos os verdadeiros irmãos e abnegados colaboradores com o espírito de rivalidade, perdendo assim a sinceridade? Vocês serão expostos a acusações terríveis aos olhos do povo de desorientação, como perseguir o interesse mundano pela religião, embora seja algo cem vezes menor do que vocês e sua crença ganham o seu sustento através do conhecimento da verdade e rivalizando com os outros na cobiça e ganância.

    O único remédio para essa doença é acusar a própria alma antes que outros levantem essas acusações, e sempre tomar o lado de seu companheiro, e não a própria alma. A regra da verdade e da equidade estabelecida pelos estudiosos da arte do debate é esta: "Quem desejar, no debate sobre qualquer assunto, que sua própria palavra seja a verdade, e fica feliz que seu esteja errado e equivocado, a pessoa age injustamente." Tal pessoa não perde só isso, pois quando ele aparece vencedor em um debate desse tipo, ele nada aprende até então desconhecido para ele, e seu orgulho provável irá causar-lhe prejuízo. Mas se o adversário, por seu turno, estiver certo, ele terá aprendido algo até então desconhecido para ele e, assim, ganhar algo sem qualquer perda, bem como ser salvo do orgulho.

    Em outras palavras, um fiel aos seus procedimentos e apaixonado pela verdade sujeitará o desejo da própria alma para as exigências da verdade. Se ele vê que o seu adversário está certo, ele vai aceitar de bom grado e apoiá-lo alegremente.

    Se as pessoas religiosas, as pessoas da verdade, as pessoas de seita, e as pessoas de aprendizagem tomassem esse princípio como seu guia, elas iriam atingir a sinceridade, e seriam bem-sucedidas nos deveres que os preparam para a Vida Futura. Pela misericórdia de Allah, elas serão entregues a partir dessa miséria terrível e infortúnio de que sofrem atualmente.

    سُب۟حَانَكَ لَا عِل۟مَ لَنَٓا اِلَّا مَا عَلَّم۟تَنَٓا اِنَّكَ اَن۟تَ ال۟عَلٖيمُ ال۟حَكٖيمُ "Glorificado sejas! Não possuímos mais conhecimento além do que Tu nos proporcionaste, porque somente Tu és Prudente, Sapientíssimo." ( Alcorão Sagrado, 02:32)



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    1. *Aviso: esteja ciente de que a atenção dos homens não pode ser exigida, mas apenas dada. Se for dada, alguém não se delicia com ela. Se alguém se deleita com ela, a sinceridade é perdida e a hipocrisia toma o seu lugar. A atenção dos homens, se acompanhada pelo desejo de honra e fama, não é uma recompensa nem um prêmio, mas uma censura e castigo pela falta de sinceridade. Tal atenção dos homens, tal honra e fama, prejudicam a sinceridade, a fonte da vitalidade de todas as boas ações, apesar de produzir um ligeiro prazer, tanto quanto a porta do sepulcro, por outro lado da porta tomam a forma de tormento. Não se deve, portanto, desejar a atenção dos homens, mas fugir e afastar-se dela. Estejam avisados, todos os que adoram a fama e correm atrás de honra e posição!
    2. *É preciso também tomar como seu guia a qualidade de preferir os outros a si mesmo, a mesma qualidade dos Companheiros, que é elogiada no Alcorão. Por exemplo, ao dar um presente ou realizar um ato de caridade, deve-se sempre preferir o destinatário a si mesmo, e sem exigir ou interiormente desejar qualquer recompensa material pelo serviço religioso, sabe que o ato deve ser puramente pela graça de Deus e não impor um sentido de obrigação nos homens. Nada mundano deve ser procurado em troca de serviço religioso, pois de outro modo, a sinceridade será perdida. Os homens têm muitos direitos e reivindicações, e podem até merecer o zakat. Mas não podem exigi-lo, apesar de poder ser dado a eles. Quando alguém recebe algo, não se pode dizer que: "Esta é a recompensa pelo meu serviço." Em vez de perfeito contentamento deve-se sempre preferir a outros si mesmo que são mais merecedores. وَ يُؤْثِرُونَ عَلٰى اَنْفُسِهِمْ وَلَوْ كَانَ بِهِمْ خَصَاصَةٌ "Preferem-nos, em detrimento de si mesmos, mesmo estando em necessidade" (Alcorão Sagrado, 59:9), manifestando, assim, o significado de eles preferirem outros a si mesmos, alguém pode ser salvo deste perigo terrível e ganhar a sinceridade.
    3. *مَنْ طَلَبَ وَ جَدَّ وَجَدَ Quem procura sinceramente, acha" é uma regra verdadeira. O seu âmbito é abrangente e inclui a matéria em discussão..
    4. *Está registrado em tradições autênticas do Profeta que, no final dos tempos, os verdadeiramente piedosos entre os cristãos se unirão com o povo do Alcorão e lutarão contra seu inimigo comum, a descrença. E nesse momento, também, o povo da religião e da verdade precisa se unir sinceramente não apenas com seus próprios irmãos e os crentes, mas também com os verdadeiros piedosos e espirituais dos cristãos, temporariamente a partir da discussão e do debate de pontos de diferença para combater o seu inimigo comum - o ateísmo agressivo.
    5. *Entre as organizações mais poderosas e eficazes no Ocidente está a Organização Americana de Direitos da Mulher e da Liberdade, apesar de as mulheres serem chamadas de sexo frágil, e são fracas e delicadas. Da mesma forma, a organização dos armênios, apesar de sua fraqueza e pequeno número quando comparados com outros povos, com a sua força, seu comportamento abnegado, fornece outra prova de nossa observação.
    6. *Uma questão muito importante: Como as nossas mentes mundanas incapazes podem compreender a verdade do hadice que ao crente será dado um paraíso de tamanho de 500 anos? A Resposta: neste mundo todos têm seu mundo particular e temporalmente limitado tão amplo como o mundo, o pilar do qual é sua vida. Ele faz uso de seu mundo por seus sentidos internos e externos. Ele diz para si: "O sol é a minha luz, as estrelas são minhas velas". A existência de outras criaturas e seres animados de forma nenhuma negam ter isso; ao contrário, eles brilham e iluminam o mundo. Da mesma forma, embora num plano infinitamente mais elevado, em adição ao jardim de cada crente que contém milhares de palácios e huris, existem 500 anos de um paraíso privado para todos, além do Paraíso geral. Ele vai se beneficiar desse paraíso e da eternidade por seus sentidos e sentimentos, de acordo com o grau de desenvolvimento que atingirem. O fato de que outros compartilham no Paraíso geral em nada prejudica a sua posse ou o benefício, mas, ao contrário, fortalece-os, e adorna o vasto Paraíso. O ser humano neste mundo se beneficia de um jardim com duração de uma hora, um espetáculo com duração de um dia, um país com duração de um mês e uma viagem com duração de um ano, com a boca, sua audição, sua visão, seu paladar e todos os seus outros sentidos. Assim também, nesse reino da eternidade, seu senso de olfato e tato, que neste mundo transitório mal aproveita de um jardim com duração de uma hora, irá beneficiar, do jardim como se fosse a duração de um ano. O sentido da visão e da audição que aqui quase não aproveitam de uma excursão com duração de um ano, terão a possibilidade de se beneficiar de uma excursão de quinhentos anos, de uma forma, encaixados naquele reino, adornado de ponta a ponta. Todo crente irá se beneficiar, não de acordo com sua posição espiritual, e obterá alegria e prazer através dos sentidos que vai expandir e desenvolver em relação à recompensa que ele ganhou neste mundo e as boas ações que realizou.